É um documentário filmado em 2004, na Índia, na cidade de Calcutá,, dirigido e produzido por Ross Kauffman e Zana Briski, trouxe um panorama diferenciado sobre percepção e a essência humana. As formas distintas de analisar cada acontecimento, no cotidiano, têm deixado perceptível que a beleza é extraída também daquilo que julgamos ser tosco.
Conta a história de uma fotógrafa britânica chamada Briski, que foi a Calcutá realizar um trabalho sobre as prostitutas indianas, ao encontrar um considerável número de crianças no cortiço, onde o bordel fica localizado, a sensibilidade dela foi despertada para um recorte diferente daquele inicialmente idealizado. O filme tocante traz em cada cena, desde motivos alegres, como quando as crianças foram conhecer o mar pela primeira vez, até o momento muito triste, quando a mãe de um dos garotos foi queimada viva pelo cafetão do bordel. A realidade do filme é autêntica. Não há efeitos especiais, para produzir emoções, não há dublê para duvidarmos da autenticidade das cenas, o que há é apenas o estímulo da sensibilidade humana.
Assim sendo, inseridos nesta realidade, tanto Briski quanto Kauffman, tentam fazer um resgate daquilo que pode ser chamado de inclusão social através da sensibilidade. Percebe-se que o estímulo inicial foi entregar uma máquina e ensinar cada uma delas manusear e fotografar o cotidiano. Foi através da fotografia que eles aprenderam a captar a própria história. A percepção das crianças foi dignificada e em um momento oportuno, os diretores do longa viram uma possibilidade, que além de fazer um trabalho de inclusão, vislumbraram algo cabível, inserí-las em um mundo ainda desconhecidos para elas. Como aquelas crianças conseguiram retirar beleza do cotidiano em que viviam? Simples, pela maneira natural, ingênua e infantil de ver o lugar onde moram.
Vale ressaltar, que a sensibilidade na arte da fotografia foi fator preponderante para o sucesso do filme.
Este processo de inclusão chegou ao êxtase – para os pequeninos – quando eles se tornaram notícia na cidade onde moravam, e ao clímax, quando perceberam a possibilidade de estarem aprendendo cada vez mais em uma escola. Na fala de uma das meninas que participaram do filme, sobre a fotografia ela disse “… para continuar a fotografar é preciso suportar muita coisa”, a profundidade dessa frase nos faz repensar como cada criança suportava todas aquelas situações sem perder o que tinham melhor, a essência.
O filme, mesmo tendo passado algum tempo, estende a mensagem até a atualidade. O processo de inclusão social existe e é gradativo. A fotografia pode até não ser vista como arte por alguns, porém despertou o artista latente dentro de cada criança daquela comunidade. É triste saber que, logo em seguida, depois de passado o tempo, alguns deles voltaram para a vida que tinham. Isso prova que para perpetuar o processo de inclusão é necessário a continuidade, caso contrário, o retrocesso e o desânimo serão as únicas certezas que os envolvidos terão. Vale a pena assistir!
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Filmes, o que marcou de cada um para o meu conhecimento:
Baseado em livro homônimo de François Bégaudeau, em que relata sua experiência como professor de francês em uma escola de ensino médio na periferia parisiense, lugar de mistura étnica e social, um microcosmo da França contemporânea.
Filmes, o que marcou de cada um para o meu conhecimento:
LEÕES E CORDEIROS
Este filme tras Robert Redford, Meryl Streep e Tom Cruise em um desafiador drama que explora as consequências de se assumir uma posição. Um professor idealista (Redford) da Califórnia tenta inspirar um aluno a fazer algo de especial com sua vida, enquanto um senador carismático (Tom Cruise) em Washington D.C apresenta uma estratégia de guerra no Oriente Médio a uma incrédula jornalista de TV (Meryl Streep). E lá do outro lado do mundo, dois dos ex-alunos do professor estão presos atrás das linhas inimigas no Afeganistão, lutando pela liberdade e por suas próprias vidas. Enquanto a retórica e as balas voam, essas três histórias interligam-se para enfocar a linda delicada que separa o leão do cordeiro em cada um de nós...
Filmes, o que marcou de cada um para o meu conhecimento:
O filme que traz Julia Roberts no papel principal conta a história de uma professora de arte educada na liberal Universidade de Berkeley, na Califórnia, enfrenta uma escola feminina, tradicionalista – Wellesley College, onde as melhores e mais brilhantes jovens mulheres dos Estados Unidos recebem uma dispendiosa educação para se transformarem em cultas esposas e responsáveis mães. No filme, a professora irá tentar abrir a mente de suas alunas para um pensamento liberal, enfrentando a administração da escola e as próprias garotas.
Ele traz um enfoque na sociedade tradicional da época, mas ver a história de uma professora que não se enquadra em seu grupo de colegas, frente a uma situação adversa e difícil no seu ambiente de trabalho, nos remete a atualidade, talvez hoje não teríamos os mesmos problemas relacionados ao casamento e outras formalidades próprias daquela época, mas poderiámos ter situações parecidas no que se refere a diferenças sociais, ainda hoje em algumas escolas encontramos um ensino preso a certos padrões que dividem a sociedade, o que seria por exemplo trabalharmos em uma escola em que tivessemos o melhor currículo, os melhores cursos mas seguissemos outra doutrina? Ou ainda saindo do âmbito religião e entrando no âmbito desigualdade social, ser uma professora humilde em uma escola de pessoas muito ricas, isto sem entrar em méritos racistas, de cor ou opção sexual, acredito que como professores comprometidos que somos, poucos de nós iriam desistir, haveria uma certa resistência no início, que seria quebrada ou não...ainda depende de nós
Outro aspecto a destacar é o enfoque para a arte no filme, ela destaca o período de transição e aceitação da arte moderna como arte, por pessoas mais ligada a padrões tradicionais,a arte moderna aparece com enfoque de libertação, e ressalta a sua importância nas tranformações da sociedade não somente como registro mas como "estopim" para esta mudança, deixando de ser vista apenas com padrões estéticos e passando a ser vista como fator de desenvolvimento na natureza humana.
É ilusão pensar os problemas vividos pela personagem são problemas de uma sociedade antiga ou atrasada eles aparecem todos os dias vestidos com outras roupas mas aparecem, enquanto a sociedade não tratar a educação e os professores com o verdadeiro respeito que merecem a sociedade não vai evoluir vai continuar atrasada e presa a valores nem tão modernos assim.
Kramer
Minha indicação particular para ler e conhecer mais:
Infância e Produção Cultural
SONIA KRAMER MARIA ISABEL LEITE,
Papirus,1998.
Infância e Produção Cultural
SONIA KRAMER MARIA ISABEL LEITE,
Papirus,1998.
Características desejáveis a um professor no contexto atual:
Ser professor já é uma tarefa desafiadora, ser professor de Artes é mais desafiadora ainda, partindo de uma realidade onde, dentro da escola o professor de Artes é visto pelos colegas como alguém que desenha bem, é ótimo "decorador" ( seus trabalhos devem enfeitar a escola)., alguém que sabe tudo de artesanato que vai fazer com seus alunos lindos trabalhos manuais, ou se ele trabalha em séries iniciais, vai deixar de lado o conteúdo - tão importante- para perder tempo com temas tão distantes...(bobagens, como eu mesmo já ouvi).
Parece brincadeira, mas é um desabafo, esta realidade se encontra ainda hoje nas escolas e para rebatê-la, em primeiro lugar o professor deve acreditar na arte, como experiência humana, como área de conhecimento que tem seus conteúdos próprios e não reduzi-la a ilustração ou pretexto para o ensino dos conteúdos privilegiados na escola. É essa a briga que comprei, e esta é a principal veia que me move a buscar mais, crescer, para chegar altura da importância desta disciplina para desmontar a cultura de que a disciplina de Arte qualquer professor pode dar é só ter carga horária sobrando; e levar a escola a reorganizar-se, levando em conta o que diz Kramer(1998): "Para ser educatica a arte precisa ser arte e não arte educativa."
Parece brincadeira, mas é um desabafo, esta realidade se encontra ainda hoje nas escolas e para rebatê-la, em primeiro lugar o professor deve acreditar na arte, como experiência humana, como área de conhecimento que tem seus conteúdos próprios e não reduzi-la a ilustração ou pretexto para o ensino dos conteúdos privilegiados na escola. É essa a briga que comprei, e esta é a principal veia que me move a buscar mais, crescer, para chegar altura da importância desta disciplina para desmontar a cultura de que a disciplina de Arte qualquer professor pode dar é só ter carga horária sobrando; e levar a escola a reorganizar-se, levando em conta o que diz Kramer(1998): "Para ser educatica a arte precisa ser arte e não arte educativa."
Atividades da disciplina: Seminário Integrador I
IDÉIAS SOBRE O VÍDEO SER PROFESSOR NO CONTEXTO ATUAL
CINCO IDÉIAS QUE SÃO FUNDAMENTAIS NA FORMAÇÃO DO SER PROFESSOR
CINCO IDÉIAS QUE SÃO FUNDAMENTAIS NA FORMAÇÃO DO SER PROFESSOR
- "O conhecimento provém da interação entre sujeito e objeto do conhecimento" Jean Piaget;
- "A formação do professor une o exercício da criticidade ao reconhecimento de valor das emoções, da sensibilidade, afetividade e emoção." Paulo Freire;
- "O conhecimento não se transfere, se constrói." Paulo Freire;
- "Só quando se sai da disciplina e consegue contextualizar, é que se vê ligação com a vida" Edgar Morin;
- "E a pesquisa que permite ao professor ajudar a construir um adulto capaz de conquistar , por si só, a beleza e a verdade do seu tempo." Tânia Marques.
Assinar:
Postagens (Atom)